quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Monotonia


Catalisado no vazio
Esse tudo que não há,
Só de pensar eu esvazio
Onde nada nunca está.

E imerso na dimensão
Desse espaço e tempo,
Descompassados estão
Tudo que é momento.

Um lapso, a brevidade,
O tédio da eternidade
De sentir, mas não fluir.

O sonhar é um desvario
No oco eco do assovio
Que tanto teima repetir.

 (André Bianc)

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