quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Pretérita


Quero o que ainda não existe
Mas que resiste em seu querer,
Crer nesse nada que consiste
E insiste dentro do meu ser.

Esse poder que nos alcance
E que talvez balance o coração,
Nas mãos um traço que lance
A nuance da pretérita paixão.

Um estado doce de demência
Nosso desejo é a consequência
De uma entranha sintonia.

E vamos transcendendo nos versos
Viajando por nossos universos
Nessa rota iluminada da poesia.

(André Bianc)

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