quarta-feira, 23 de maio de 2018

Orfandade



Não penso, mas escrevo
No relevo do meu sentir,
Mentir, assim me atrevo
E descrevo sem omitir.

A sucessão do desvario
Num desafio inacabado,
Concretizado no desvio
Por um fio equilibrado.

A loucura desse poeta
Torto numa linha reta
Eis-me aqui, realidade!

Nas franjas desse dia
Nas estrofes da poesia
Chora a minha orfandade.

(André Bianc)

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