Nas tardes de outono
As sombras se alongam,
E douram o pó do sono
Dos pensam que amam.
Passam de mãos dadas
Prendem o amor natural,
Na beira das caminhadas
Do precipício sentimental.
A força motriz do hábito
Que sustenta esse hálito
Da cômoda resignação.
E voltam para as tardes
Dois corações covardes
Amar é só imaginação.
(André Bianc)
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