Eu não tenho mais onde pisar
Nesse pesar, o amor defunto,
O conjunto desse tempo passar
E lograr o que nada é fecundo.
Dores e bolores desconjuntam
Os transeuntes vazios e espaços,
Nos desembaraços que adjuntam
O teu coração sob meus passos.
E minha alma feita de ventania
A calma rasa que não deveria
Levantar as noites do teu sono.
E nesse abandono só me restou
Esse lugar onde nunca estou.
Eu piso nas folhas do outono.
(André Bianc)
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