Não tenho mesmo pra onde ir
E ninguém me quer esmolar,
Mas para viver basta sentir
E construir um etéreo sonhar.
Se ainda tento algumas idas
No pensamento, já retornei,
Num voo curto de asas partidas
Por destinos que ora neguei.
E sem nenhum contentamento
Buscarei o vago esquecimento
Para a vida que nunca me quis.
E se um dia eu for primeiro
Recolha as flores do canteiro
E todos os versos que eu te fiz.
(André Bianc)
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