Do tempo extraditado
Só tenho o que penso,
Reviro o limbo, propenso,
Pesadelo desgraçado.
Meu corpo sobre os jornais
Sol amargurado, já é agosto!
Fotografias, rugas no rosto,
O futuro que não volta mais.
Envolvo-me nessa letargia
Na varanda espera a agonia,
Pontualmente e sem pausa.
E exausto, na alma eu silencio,
Outros sonhos que vivencio
Tudo que o amor me causa.
(André Bianc)
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