E nada do que nada consiste
Das sombras ignoradas ao sol posto,
Bateu-me no rosto o dedo em riste
Dum tedioso dia de desgosto.
As memórias lançadas nos ermos
Imagens projetadas num deserto,
Pergunto se sou eu os mesmos
Nesses cadáveres que desperto?
E sob o azul de um céu vaidoso
De assíduas nuvens marginais,
Minh'alma dum ego vagaroso
Levita entre sonhos espectrais.
(André Bianc)
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