quinta-feira, 12 de abril de 2018

Sinestesia



Meu amor é transgênico
Uma rara mutação,
Do mel real ao arsênico
A corrosiva efusão.

O débil antagonismo
Eu nunca tenho razão,
Egocentrismo e cinismo
O cataclismo, a erosão.

Narciso, as convivências
As demências e falências
Ao fim estarei coberto.

Da vã e inútil filosofia
Intrínseca na sinestesia
Desse amor tão deserto.

(André Bianc)

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