Sou esse
instante e mais nada
E aquilo que
eu nunca entendi,
Não obstante
a essa dura jornada
Sei que sei,
mas nunca aprendi.
Abro a
cúpula desse observatório
E vejo o que
da vida fiz por inteiro,
Num universo
vão e contraditório
Identifico-me
como um forasteiro.
Mesmo assim muito
conjecturo
Neste largo
campo que mensuro
Nas ondas
etéreas do pensamento.
E escorrem as
lágrimas das chuvas,
Meus olhos, cristais-cachos
de uvas,
Pelos vitrais finais desse momento.
(André Bianc)
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