quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Vapores

Porta encostada
Um vento tardio
A voz aveludada
Manto sombrio.

A hora suicida
Na cama alada
Paixão distraída
A fé abalada.

E sangra talvez
Pela última vez
Nossos fluídos.

Corpos, tremores
Amor, vapores
Tempos idos.


(André Bianc)

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