Trêmula e enlouquecida
A tua noite não sucedeu
A paixão feroz e corrosiva
Deste teu desejo ateu.
Abrirão nuas as portas
Da insólita e incerta aurora,
Paisagem, cinzas mortas
A solidão nos espera lá fora.
E a cada passo vacilante
Talvez ainda te encontre com vida,
Mesmo sem saber se é relevante
Viver está existência falida.
Então como identificarei você?
Maquiada de tanta ambigüidade,
Se não consigo sequer reconhecer
A minha própria identidade.
Restará enfim, a finada magia
De te amar mesmo sem motivo
E conviver com tamanha agonia
Ao saber que agora apenas vivo.
Trêmula e enlouquecida
A tua noite não amanheceu,
Abraçarei tua sombra viva
E o sonho que já morreu.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
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