Os sinos dos meus sonhos badalam desesperados
Na noite turva sobre os meus lábios ressecados
Nunca frenética e surda melodia de incompreensões.
Na noite turva sobre os meus lábios ressecados
Nunca frenética e surda melodia de incompreensões.
E as cismas frágeis ululam nos instantes indolentes
Levantando as sombras dos meus cílios dormentes
Num pesadelo acordado de reles e pobres pretensões.
Levantando as sombras dos meus cílios dormentes
Num pesadelo acordado de reles e pobres pretensões.
De viver esse tudo ao nada que pouco não bastaria
A voracidade e a fome inútil de um amor na poesia
Daquelas de retalhar nossos ingênuos corações.
A voracidade e a fome inútil de um amor na poesia
Daquelas de retalhar nossos ingênuos corações.
E volto meus passos sobre um inócuo futuro
Um piano, um gato miando, uma frase no muro
E outras imagens dos meus delírios e sensações.
Um piano, um gato miando, uma frase no muro
E outras imagens dos meus delírios e sensações.
Inacabada a vida sempre será....
(André Bianc)
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