Meu amor é o sofisma
Artimanha que se fez,
Num acaso que abisma
Em toda falsa sensatez.
Embuste, ardil, a cilada!
Uma trama endrômina,
A paixão só encenada
De uma autora anônima.
E nessa doce aspereza
Às cegas e com destreza
É um poço de cavilação.
Mas o tempo é engenho
Tritura tudo que tenho
Dentro do meu coração.
(André Bianc)
(André Bianc)
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