Um poema glicosado
Minha diabete vai mil,
Gosto do verso azedado
Esquizofrênico e senil.
E por favor, não venha
Com cartinhas de amor,
Porque a vida desdenha
Quem crê nesse horror.
E antes que me conteste
E diga nada que preste
Ouça essa iniquidade:
Lerei as confidências
E as doces indecências
Do grande Marques de Sade.
(André Bianc)
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