segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Deixar arder



Um poema glicosado
Minha diabete vai mil,
Gosto do verso azedado
Esquizofrênico e senil.

E por favor, não venha
Com cartinhas de amor,
Porque a vida desdenha
Quem crê nesse horror.

E antes que me conteste
E diga nada que preste
Ouça essa iniquidade:

Lerei as confidências
E as doces indecências
Do grande Marques de Sade.

(André Bianc)

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